Qual meta seguir?

Como eu disse no artigo anterior, funcionamos a partir de algum padrão. E o padrão mais recente em nossas vidas foi a virada de ano e a criação de metas, planos, projetos para o novo ano que iniciamos.

Mas quais metas? Quais planos irei realizar? Essa é a pergunta que dá início a um monte de coisas: fantasias, ansiedades, sonhos, elucubrações etc.

Fiz uma live com o Valdeir no Instagram e recomendo que assista para compreender um pouco o papel dessas metas e como podemos fantasiar sobre nosso futuro.

Se funcionamos a partir de um padrão, então eu te ofereço um padrão razoavelmente aceitável e minimamente questionável.

1.    O que não deu certo até agora na minha vida?

Comece fazendo um levantamento das atitudes, comportamentos, ações, medidas, técnicas, relações. Enfim, pense naquilo que não te ajuda a evoluir, crescer ou ser feliz. Pode ser muita coisa. Então, seja misericordioso com você mesmo(a). Escolha algumas coisas possíveis e mais gritantes, por assim dizer. É o trabalho que é chato e não te agrada? É a relação com algum parente? Algum “amigo”? É a sua vida sedentária? Suas finanças? Faça uma lista. Afinal, adoramos listas.

2.    Escolha entre esses itens da lista.

O foco é importante aqui nesse passo. Escolha um ou dois itens. Não tente dar grandes passos. Comece pelo básico e faça bem feito. Por exemplo: é a sua vida sedentária? Então escolha quais comportamentos irá mudar: alimentação, prática de exercícios físicos, reduzir tempo de TV, usar mais a bicicleta, reduzir o uso de carro/motocicleta. Escolha uma prática e comece devagar. Nenhum preparador físico em sã consciência e dotado de conhecimentos técnicos irá te propor começar virando pneus no seu primeiro dia de exercícios. Não queira levantar duzentos quilos já no primeiro dia de academia se até hoje você só levantava o garfo para comer enquanto ficava sentado no sofá ou deitado na cama.

Vamos para algo mais específico da minha área: são suas relações que te deprimem? Alguma relação em específico? Então escolha algo que seja possível: coloque as conversas em dia com aquele amigo ou familiar de quem sente saudade. Afaste-se das pessoas tóxicas perto de você. Diga “não” para aqueles que não te respeitam e fingem querer seu bem-estar. Mas, Romilto, não posso me afastar, eles são meus pais? Então coloque limites. Dizer não, evitar confrontos desnecessários, discussões sem fundamentos, reduzir o tempo em que estão juntos: são algumas coisas que você pode fazer. Recomendo a leitura do artigo da BBC sobre esse aspecto https://t.co/0kF0gjV9WM

Nenhum parente, familiar ou amigo vale tanto, emocionalmente falando, a ponto de você se degradar. Certas rupturas são necessárias, às vezes, mesmo que traga alguma dor.

3.    Avalie o que você tem feito.

Nenhuma meta será atingida se for feita de qualquer jeito. Avalie se as novas atitudes proporcionam alguma mudança. Se você perceber que não estão trazendo mudanças, então reflita sobre o que você pode melhorar ou mudar. Adotar novas estratégias faz parte da execução de qualquer plano.

Se em todo caso não souber o que fazer, procure ajuda profissional. Psicólogos(as) e demais profissionais da saúde mental servem para isso: propor caminhos possíveis para geração de saúde. #façaterapia se for preciso.

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